A decisão mais importante no meu caminho como investidor
Na Wealth Expo Ecuador 2025, Lucía Villalobos, VIP Manager da CXM, abordou um tema que, segundo suas próprias palavras, “pode marcar a diferença entre crescer como investidor ou naufragar na tentativa”. Antes de pensar em estratégias ou nas próprias habilidades de operação, ela insistiu que o essencial é escolher o parceiro financeiro certo. Um bróker sólido, transparente e bem regulado reduz os riscos estruturais e garante que o único risco seja o da operação em si, nunca o da plataforma.
Certificações e registro: a primeira linha de defesa
Regulação e certificações andam juntas, mas nem todas têm o mesmo peso. Existem selos obtidos simplesmente mediante pagamento, enquanto outros -como o CFA ou licenças emitidas por jurisdições de prestígio (Reino Unido, Estados Unidos, Austrália)- exigem auditorias, formação e controles rigorosos.
Um bróker confiável deve:
- Estar registrado em um país com arcabouço legal robusto.
- Exibir a licença ativa e verificável em seu site.
- Fornecer o número de registro para identificação em poucos cliques.
Se a entidade estiver inscrita em um paraíso exótico, difícil de auditar, ou se a licença não for visível, trata-se de uma red flag tão grande quanto uma vela vermelha no gráfico.

Provedores de liquidez: o pulso real do mercado
O segundo filtro são os provedores de liquidez. Villalobos recomendou exigir, no mínimo, instituições AAA que assegurem spreads competitivos, swaps baixos e execução estável mesmo em momentos de alta volatilidade.
Quando o bróker trabalha com vários bancos globais -em vez de “liquidez interna” ou um único provedor opaco-, o investidor ganha transparência e se protege contra falhas ou manipulações. Se o site do bróker omite os nomes dos liquidity providers ou menciona apenas uma fonte, o semáforo volta a ficar vermelho.
Livro A vs. Livro B: entendendo o modelo de execução
Aqui surge a disjuntiva Market Maker (Livro B) versus B2B ou STP/ECN (Livro A). Um bróker Livro B costuma atuar como contraparte direta: se o cliente ganha, o bróker perde, e vice-versa. Isso não implica fraude automática, mas traz um conflito de interesses inerente.
Já um bróker Livro A envia as ordens ao mercado interbancário; vive da comissão ou do spread, portanto ganha quando você ganha e não precisa “balancear” o risco contra o seu. A ausência de ferramentas para ver a profundidade do mercado ou a recusa em mostrar a rota de execução são, novamente, sinais de alerta.

O que lembrar ao escolher meu parceiro financeiro?
- Verifique licenças e regulação em países com autoridade financeira reconhecida.
- Exija transparência sobre os provedores de liquidez e a estrutura de custos.
- Pergunte sobre o modelo de execução: se o bróker se declara Livro A, deve comprová-lo com relatórios de roteamento e profundidade de mercado.
Ter o parceiro financeiro correto não é luxo, é estratégia, concluiu Lucía Villalobos. Escolher bem hoje significa operar amanhã com confiança, sabendo que o mercado é volátil - mas a sua plataforma não precisa ser.